Dando conta

Uma semana para organizar pastas, drives, tirar os equipamentos das gavetas e começar a ver o que precisa ser limpo e liberado. Seleção dos primeiros ArteVistas com quem conversamos, nesta que será nossa última temporada. 

Não tivemos encontros do Lab nem das estagiárias nesta semana.

E não estou mais como adm das páginas do Comunidades Criativas, pausa do projeto e nem da ONG Velaumar, pois a diva pop e uma das responsáveis pela ONG, Marilac Lima para nossa alegria está de volta e

Depois de tempos escrevi sobre um espetáculo incrível, amei.

Bom Dia ArteVistas,

O texto de hoje como o de todas as terças é nossas satisfação social enquanto Lugar de ação. Então, simbora!

A primeira grande notícia é que estamos iniciando o movimento de gravação da nossa última temporada deste Lugar, onde viveremos lindezas, não há qualquer dúvida sobre isso. Serão 5 programas gravados no Poço da Draga e cinco em outros lugares surpresinhas lindas, assim esperamos. Sendo 10 programas como o nosso tempo de existência conversando sobre arte, processos, caminhos, escolhas, lugares e tempos. Só gratidão e amor pelo vivido e pelo que virá. 

No Poço da Draga, este lugar de tantos afetos, seguimos com o Lab ArteVistas, que é um encontro lindo de mulheres incríveis. Gratidão por cada encontro e troca nessas descobertas do que desejamos. Gratidão também aos estudantes de psicologia da Unifor que estão sendo parceiras queridas neste caminhar. 

E por falar em Unifor, as estagiárias estão cada vez mais envolvidas com o Poço da Draga e esta semana vão nos apresentar suas devolutivas e caminhos. Que lindeza!

Enquanto pesquisa a relação com o Poço foi mudada, pois gosto de tá no Poço é por amor mesmo. 

O instagram agora é feito por mim e perdeu a beleza plástica e junto os textos mais extensos, pois se aumenta o trabalho diminui o tempo, assim se você é criativo e tá com tempo ocioso, vem colaborar com a gente com as peças. Vem? 

Aproveito este texto para agradecer ao João Furtado e ao Iprede pela parceria linda com o Poço da Draga. Agradeço também a Larissa Gaspar e toda sua equipe, ao Gabriel 

André e a turma do Nossa Iracema, Unifor, Bia Climática, Gabriel Gaspar, e taos demais  ArteVistas que chegam junto. Gratidão

P.s. eu já tenho uma nova pesquisa.

Simbora ArteVistas!

Que mais uma semana passou e tanto foi vivido e organizado que nem sei como dei conta, mas rolou, alguns mais outros menos, mas todas as entregas previstas foram feitas e as agora já estamos no movimento de organizar o mês de março. E quem me ler por aqui sabe que passei por uma cirurgia surpresa para retirada do apêndice. E aí lógico que mesmo vivendo as demandas arrumei um tempo para pesquisar a relação desta crise, com a minha mente, os contextos e a espiritualidade. Você sabia que o apêndice é uma fonte de felicidade espontânea, que nutre o desejo de conquista e o sentimento de que se é capaz de conquistar? E quando adoecido é necessário resgatar o sentimento de que a vida é plena de sentido e que é direito de cada indivíduo alegrar-se ao seu modo, experimentando o prazer de viver das maneiras que lhe são próprias.

Compartilho esse novo saber e esta experiência pois tudo que vivi na última semana ainda se relaciona fortemente com meu corpo e mente ainda em estado de recuperação. Na segunda recebi em casa para um chá Izabel Lima, da ONG Velaumar e conversamos muito, matamos saudades e pensamos sonhos juntas. E aqui compartilho minha alegria por esta visita e a parabenizo e me sinto querida por ela ter encarado sozinha subir 13 andares de elevador. Para quem não se sente segura, 13 andares é um tempo grande em uma caixa fechada que sobe puxada por uma corda.

Na terça refiz todo o planejamento das nossas ações com o primeiro grupo de estagiárias, pois Izabel apresentou outras necessidades. E na quinta tivemos nosso primeiro encontro com 6 mulheres incríveis e repletas de multitalentos. Uma alegria vai ser viver todas as quintas deste semestre construindo uma ação junto com elas e construindo uma ponte segura para novas perspectivas. Aproveito para agradecer a Aline Domicio, que nos foi braço na relação com a Unifor, o que nos possibilita receber estagiários que possam contribuir com este lugar. Só gratidão!.

Esta semana também e por poder e precisar ficar deitada parei e observei com tristeza profunda que os parceiros deste blog foram parando de escrever e nem falaram nada. E lamentei, por perdermos a chance de aprendizados neste compartilhar, mas lamentei ainda mais pela falta de carinho com este lugar se se dispõe a ser nosso, no compartilhar de que não iria mais escrever, e tal… O a atenção da atenção respeitosa com o grupo. E sou grata aos que me avisaram e muito mais a tanto que foi compartilhado, por tantas inspirações nesses anos de blog, algumas vezes, mais perene, outras vezes menos. Ë que trabalhar em coletivo é como viver, estamos na relação com os outros e com os diversos ambientes e contextos e a vida segue e muda. Aos que seguem escrevendo gratidão e quem tiver interesse de escrever fala com a gente. 

Nesta semana consegui ainda bater um papo rápido, mas valioso com Mariana Vasconcelos, parte do Lab ArteVistas e uma das responsáveis pelo Coletivo Fundo da Caixa.

E o Lerha aprovou um projeto bonito que visa também gerar novos parceiros e apoio ao Poço da Draga. E no Ser Cidade, o curso que começa na sema que vem, tivemos mais um encontro belo e fundamental, onde exercitamos nosso trabalho coletivo, e mais um modo de inspirarmos ações comunitárias. Dois amigos queridos falaram que se inscreveram e estão ansiosos. Achei bonito!

E ainda consegui conversar com Marley e Heva para juntes serem os narradores da nossa história desses 10 anos. E aqui um parêntese que vou trabalhar na terapia. Assumi que não consigo falar da Lugar Artevista com a satisfação que desejaria, pois fui me desmotivando. Outra coisa ue tive assumir é que não sou concisa, nem midiática, até conheço as técnica, mas às vezes sua execução, bate em valores e como ando descobrindo-me e buscando cada vez mais me tratar com carinho, foi uma alegria poder compartilhar esse lugar com dois seres tão cheios de liberdade, amor, arte e desejo de mundo. No aguardo do retorno deles. 

Falei também com Henrique Kardozo para transcrevermos alguns programas, 40 para ser mais exata, mas o desejo final ainda ter transcrição de todos, para ver o que 10 anos de papos com ArteVistas geram de mensagens sobre o país que habitamos e sua relação com os Lugares, arte, vida e nossas percepções sobre esse todo.

E estou louca com um vinho, com violão e canção depois de um dia de praia! Pois já que perdi o apêndice, cabe a mim criar caminhos para viver a felicidade de existir neste corpo e contexto que habito.

Xero! E simbora para mais!

carinhosamnete,

Roberta Bonfim

Olá ArteVistas!

Minha missão aqui é escrever semanalmente para você, mas nesses últimos dias venho sido surpreendida pela vida que me exigiu parar, zerar, anestesia geral na veia, um órgão a menos no corpo, pequeno e parecido com um camarão o apêndice me deu um baita susto e me possibilitou zerar e zerar é lindo. E sou grata ao universo e aos meus guias espirituais por me terem parado na marra e de modo tão fofo em meio a tudo que o mundo anda passando. Agradeço também a minha avó Hedelita por ter segurado a onda da minha cria, com a colaboração de Meire, Fernanda e Felicidade em tempos múltiplos, grata a todas, e a Izabel que me vendo verde me levou ao hospital e minha mãe e irmã que ficaram comigo por lá, e a equipe. 

Agradeço também aos professores e profissionais com quem divido caminhos por terem seguido os fluxos carinhosamente e respeitado a minha necessidade de tempo para regeneração. Houve uma noite que acordei algumas vezes, ok, mas dormi de 8 da noite às 7:30 da manhã, nem lembro a última vez na vida em que eu experimentara tantas horas para dormir. E ao acordar não fazer nada além de tomar algum líquido, nem ler me dispus. Minhas máximas do dia era ficar com minha filha por um tempo e assistir às biografias nos streamings. E assim vivi de domingo quando depois do café da manhã comecei a ficar bem ruim, até hoje, quando ligo este computador. Era pra ser uma semana, mas as demandas… ou como cantava Cazuza, “o tempo não para”. E é preciso entender os novos ritmos a partir da nova prioridade estabelecida, eu. 

E aqui enquanto Lugar ArteVistas, assinamos um termo de estágio com a Unifor, então se for aluno da Unifor e se identifica com esse lugar chega junto nesse caminhar junto que vai ser lindo. Estamos com uma meninas lindas que já estou com muita vontade de conhecer mais de perto, que são algumas alunas de uma das parceiras no Ser Cidade, a ArteVista Aline Domicio. Se chega, vai!

E por falar no Ser Cidade, estamos com inscrições abertas para mais uma etapa desse lugar que começamos a viver a um ano atrás e que tem sido tão importante para todas nós, em vários quesitos.

Nós do Lerha temos a alegria de te convidar a conhecer caminhos e métodos da psicologia ambiental que nos possibilitam esta integralidade. 

O curso de formação “Metodologias de pesquisa e intervenção comunitária: o que a cidade nos diz?” uma parceria do Lerha com a UFPI e acontecerá quinzenalmente às sexta-feiras, em formato híbrido, com todo conteúdo criativo, compartilhado de modo online.

As facilitadoras e idealizadoras desse curso, são as professoras doutoras Aline Domicio e Ada Raquel, donas de vivências e encontros frutíferos, além de um currículo de encher os olhos. O curso conta ainda com a tutoria das pesquisadoras Rafaela Vasconcelos, Roberta Bonfim e Bárbara Abril como auxiliar.

Inscreva-se agora pelo link https://forms.gle/wkBMZAQ3pEAv1RhG9 e prepare-se para ver a cidade por outros prismas.  

A foto linda que eu particularmente amo, é do ArteVista Jether Junior, em uma visita guiada pelo Poço da Draga, para relação com o Festival Além da Rua, em 2019. E se liga que o Festival está deixando as caixas d’água da cidade de Fortaleza mais bonitas. 

E logo menos vemos como seguiremos a partir de como estaremos. Grata! E até semana que vem!

Roberta Bonfim

Fazer do fim recomeço

Por Roberta Bonfim

Escrever sobre os processos os deixam mais claros, então, vamos clarificar, ou revelar os fatos por aqui para entendermos os próximos passos. Acho que hoje teremos textão. 

Vamos lá:

Em quase 10 anos, isso, dez anos. Bafo, né? Eu agora acho. Agora que eu sinto a leveza do desapego, sem esquecer de nada. Afinal, tenho no DNA todo o vivido até aqui e felizmente muito foi vivido. E segue sendo e eu sou absolutamente grata.

Lembro como se fosse hoje nosso primeiro programa, mas antes disso lembro quando eu descobri que gostava de brincar disso, com o homem o tempo e a espera, em companhia de Eduardo Lopes. E no primeiro programa gravado na Cinelândia, estávamos eu Eduardo e Felipe Romano, depois conversei com mais uns tantos nordestinos como eu, por relação convivial, ou localidade de estabelecer a relação empática, o fato é que de cara foi Ceará (Eduardo Lopes – Cinelândia), Pernambuco (Anthero Montenegro – Feira de São Cristóvão), Sergipe (Samuel de Assis – Santa Tereza) e mais Ceará (Georgina Castro – Copacabana), deixo-me então me deleitar pelos maravilhosos que ali cruzaram meu caminho e então Brasilia (Daniel Chaudon – Ipanema), Rio de Janeiro (Taís Feijão – Urca,  Ana Kelly e Wesley – Cinelândia), Paraná (Carlos Simioni – Glauce Roche), Rio de Janeiro mais uma vez (Eduardo Marinho – Cine Santa e Lobisomem (Victor Alvim – Academia Brasileira de Cordel)), Pernambuco se repete (Gonçalves – Academia Brasileira de Cordel), Turquia (Emrah Kartal – Casa das Ruínas). 

E tive a oportunidade de ir a Minas Gerais fazer uma oficina com Romulo Avelar dentro no no Cine-Horto e em MInas falei com MIneiros, Lydia Del Picchia em Belo Horizonte e com Avelar em Inhotim. Volto ao Rio de Janeiro para um pernambucano cearense e criado no meu querido Pirambas, Jesuíta Barbosa – Museu da Republica,  Bahia (Rafael Medrado – Largo do Machado), Rio Grande do Sul (Duda Woyda – Largo do Machado). E venho para Fortaleza onde celebramos dois anos de Lugar ArteVistas e eu tive uma aula de história com Valéria Pinheiro, no Teatro das Marias. 

Ao voltar ao Rio de Janeiro conversei com o carioca da baixada Caio Prado, no Leblon, com o saxofonista Glaucus Linx e os adoráveis da Umbonde banda em Laranjeiras, no estúdio La cueva. E ai Mangueira com Reisado dos Irmãos  e Coco do Cariri. E um passeio com a es cearenses da banda Verônica Decide Morrer – na Lapa. O último programa gravado no Rio de Janeiro. 

E esse Lugar só existe porque houve esse nascer onde colocando este Lugar no mundo Felipe Romano, que é muito cidadão do mundo, mas a família vive no interior do Rio de Janeiro. Ele eu amo na ida e na volta e com a quantidade de raiva que a gente já se fez e seguimos nos amando de graça, é amor mesmo. Romano nesta fase gravou comigo os seis primeiros, e no sexto Natan Garcia, meu parceiro de transformações profundas, aceitou brincar junto também, ele que hoje é fotógrafo premiado boladão ali ele estudava e tateava sua nova melhor amiga. O sétimo ele quem viu e só me avisou e o papo começou e foi incrível, neste com a gente quem brincou foi Luciana Lima, uma goiana linda de existir que conheci por intermédio de Chris Ayumi que dança na nossa primeira vinheta. E Lu não só gravou com a gente, como editou o programa. Lembro como hoje as duas sentadas no chão do meu minúsculo kitinet na Lapa, editando este vídeo. Eu fiquei muito encantada, e achando que estávamos subindo de nível, pois os anteriores quem editou foi eu. 

Mas, ele foi se embora para outros ventos e eu me usei da minha cara de pau e convidei Heraldo Cavalcanti que já tinha me filmado quando eu fazia alguma peça de Nelson Rodrigues no Theatro José de Alencar e no ato ele disse que eu fotografava bem. Era vestido de noiva. Lembrei! Onde eu atuava com Evelyne, hoje casada com meu tio, irmão de minha mãe. Particularidade extras a parte, chamei Heraldo para brincar e ele aceitou e nos ensinou muito a mim e Natan, dois ouvidos atentos. 

Mas, no posterior Natan já estava era em São Paulo, mas Heraldo topou e a linda Ellen foi junto. E no outro quem salvou foi a maravidiva Sara Parente, e o outro do outro chamei minha amiga-prima (hoje comadre Gabriela Macedo) e ela ficou segurando a câmera quando eu ia entrevistar e a inspirada Nívea Uchoa que gravou a cabeça do programa comigo, mas eu que filme as danças e montei quadro e o áudio é uma merda, mas eu gosto do todo e lembro de ter me divertido. Fiz outros assim mas só eu e amo todos, logo falarei sobre eles. 

Mas o último gravado no Rio de Janeiro é lindo por ter sido uma brincadeira completa, do jeito que gosto. Gravando tinha Ruviana maravilha, prospera, minha luz de inspiração, que conheci com Gabi (a comadre), junto gravando tinham dois maravilhosos. Um Filipi Abdala, hoje pai de uma menina linda e um homem sério, na época um estudante como eu esperando o busão, conversa vai e vem convido ele para gravar e ele topa e leva Bruno e é Verônica e Lapa e fechamos essa etapa Rio de Janeiro com a beleza que eu amo.

Em MInas quem gravou foi Don, não estou certa que seja este seu nome, mas ele salvou se dispondo a gravar e ainda deu ao projeto uns cartões de memória para câmera. 

E em Fortaleza quem topou a parada foi Henrique Kardozo, com quem eu havia trabalhado em um Festival das Artes Cênicas e já era um fotógrafo massa, mas acho tendo quase certeza que foi das primeiras gravações dele, que agora é o cara do vídeo.

Terça que vem conto mais

dias…

São dias novos esses em que me ensaio nova também. Mas, não menos intensos, nem menos corridos, isso de ir finalizando aos poucos é diferente de acabar e pronto. Ir aos poucos é seguir fazendo o que se faz, entendo que tem um fim e acabar de uma vez é fazer o fim no agora. 

Ir se despedindo daquilo que pelos últimos anos dediquei parte da vida é ir abrindo mão do que em algum momento acreditei que seria para sempre, “sem saber, que o pra sempre acaba”. Mas, nesta segunda no Arte onde Estiver, conversando com Vagner, Nat e Geni lembrei “que nada vai conseguir mudar, o que ficou”pois lembro de tudo, das falas e expressões e das minhas próprias emoções e decantação após cada encontro. Sou gratidão e alegria.

Mais um passo

O bom do fim é que ele é repleto de começos e libertações. Faz um tempo venho neste exercício de desapego, porque já sabia que a vida estava pronta para me exigir tomadas de decisões e escolhas norteadoras de vida, da minha e naturalmente do que precisa de mim para acontecer pelas bandas daqui.

O exercício de soltar não é fácil, mas é incrivelmente libertador, e a percepção de que a única aprisionada e agora em processo de reabilitação social era/ sou eu. E isso fortalece meu pensamento de que tudo é a partir da gente. Dentro de uma relação, o outro só faz com a gente o que autorizamos, mas fomos programades a pensar que precisa de alguém autorizar. Também para ter a quem culpar, talvez. Não sei. Eu cada vez mais sei que nada sei.

Assim, no caminho das liberdade física, mentais e espirituais vamos seguindo o fluxo do existir juntes, pois só sabemos assim. Boa toada para todes nós!