Estranha seria a derrota

Vamos, após decantar, falar do BBB, sim! Ou melhor, vamos falar da final e debulhar a vitória do Arthur.
Alguém tem ideia do ocorrido? Consegue imaginar, ou suspeita, de alguma lógica e do real motivo desse desfecho?

Ok! Ele seguiu à risca o objetivo do programa, foi jogador e estrategista, manipulou, dentro e fora da casa…

Pois, vou arriscar dizer-vos que a resposta é simples e que ela é jogada em nossa cara diariamente: porque vivemos numa sociedade patriarcal, machista e misógina. E o Arthur é a cópia fiel disso tudo. Cara de bom moço, inteligente, macho alfa arrependido das traições conjugais, por pura falta de “amadurecimento”. É, gente, traição para o homem não é falta de caráter, não, é adolescência tardia, leve deslize, autoafirmação.

O Arthur representa toda a cultura de regalias, do manipulador de voz mansa, eterno adolescente que requer cuidados das mulheres “sobrecarregadas”, ops!, “guerreiras”, que dão todo suporte para que cheguem sempre ao pódio e ocupem o primeiro lugar.

É exatamente assim na vida das mulheres comuns, que abrem mão da carreira, abandonam faculdade, vida social, se colocam sempre em segundo plano e assumem os cuidados com os filhos para que seu parceiro, o pai do seu filho, siga com sua vida e colha vitórias, promoções e ascensão funcional.

Segue o baile para nós, mulheres. E sabe quando tudo isso vai mudar? Quando nós mudarmos primeiro. Quando deixarmos de ser pano de fundo e palco doméstico para que os homens pintem e bordem com nosso total e irrestrito apoio.

E basta de ser plateia, torcida ou escada.
Sejamos protagonistas!
Vamos subir no palco, no pódio, na mesa!
Vamos chutar o balde, soltar a voz, o grito, as amarras que nos tolhem e nos impedem de vencer!

Obs. Antes de começar o show de horrores, o teatro das ilusões, um pouco antes, ainda quando Arthur estava confinado no hotel, sua esposa descobriu outra traição… Ela poderia ter trazido os holofotes para si e acabado com a festinha dele no comecinho ainda, mas preferiu guardar sua dor, a humilhação, a vergonha e fazê-lo vencedor.

É sobre isso… E não está tudo bem.

3 thoughts on “Estranha seria a derrota

  1. Samya, bem escrito, mas, não posso comentar o texto porque tenho horror a esse programa BBB, aliás, nunca assisti. Considero um desreipeito a família brasileira. Abraços amiga

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